Co-Incidência, Acaso ou Conspiração?

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O acidente aéreo que provocou a morte do candidato à presidência da república Eduardo Campos está despertando, no imaginário popular, uma gama de especulações que vão das teorias da conspiração às coincidências numéricas com o número 13. Há suspeitas, há dúvidas, e talvez nós nunca venhamos a saber a verdade. Explicações terão que ser dadas, mas elas, por mais verdadeiras que sejam nunca nos convencerão em cem por cento. Sempre ficará uma pulga atrás da orelha zunindo desconfiança.

E há elementos que nos levam a suspeitar sobre uma eventual sabotagem, mas é quase improvável que isso seja comprovado e até mesmo que tenha ocorrido. O fato, por exemplo, de a caixa preta não ter gravado as conversas dos pilotos é motivo suficiente para suspeitas.

Um polêmico vidente diz ter previsto esse acidente em 2005 com data e local e ter avisado o Eduardo campos por meio de uma carta. Se isso for verdade, alguém deve ter essa carta ou pelo menos sabe do fato, porque, qualquer um que recebesse um aviso desses compartilharia pelo menos com as pessoas mais próximas. Diz ele que o acidente seria causado por sabotagem. Ora, então já que ele previu o acidente com tal precisão e detalhes e divulgou publicamente, ele deve saber também quem são os sabotadores. Pois que ele nos diga então. 

As Coincidências

Com relação às coincidências, vamos entender como elas ocorrem. Primeiro precisamos entender o que são coincidências. Existem sim coincidências, o que não existe é acaso. Todo efeito tem uma causa na sua origem; nada escapa dessa lei de causa e efeito em nosso plano. Coincidência não é aleatoriedade, e sim um evento no qual houve a Co-incidência de fatores que o desencadearam. E essa Co-incidência pode ser a nossa participação, seja ela direta ou indireta, com nosso campo magnético individual sincronizado com outros de mesmo padrão vibratório formando uma “nuvem magnética”, psicosfera, e essa “nuvem” vai causar um evento coerente em algum lugar onde houver convergência de fatores favoráveis.

A corda arrebenta sempre no ponto mais fraco, para onde toda carga de força converge, para que a resistência tensionada seja aliviada. É assim que acontece quando há uma convergência de fatores envolvida num evento. Isso pode acontecer no âmbito individual envolvendo o próprio causador ou mais algumas pessoas, ou no âmbito coletivo envolvendo muitas pessoas e até multidões. É preciso entender, que tudo o que acontece vem de um encadeamento de eventos anteriores organizados por uma vontade movida por um desejo, consciente ou inconscientemente.   

O Determinismo e o Destino

Não há o que não possa ser mudado no determinismo do destino. Muito embora nós nem sempre conseguimos mudar o curso dos eventos do destino, talvez porque ainda estamos muito comprometidos carmicamente, porque temos pouca luz na consciência, pouco amor no coração e pouco conhecimento das leis universais. Por isso criamos mais caos que ordem sem perceber o que estamos criando, porque vivemos ainda inconscientes de quem somos e de nossos potenciais psíquicos. A questão é quanto de nosso livre arbítrio nós já estamos capacitados a exercer pelo amor.

Por que então não podemos mudar o destino? Nós podemos desde que atuemos pelo amor. Alguns eventos entram no que chamamos determinismo fatal e não conseguimos evitá-los ou modificar o seu curso, porque ainda atuamos com pouco amor e precisamos passar pela dor e sofrer para despertar a consciência amorosa. Aí então a força do destino supera a nossa vontade fraca. A vontade é forte e coerente no amor; no medo ela é fraca e incoerente criando eventos aleatórios. As duas polaridades que se opõe na mente humana. No medo a vontade é inconsciente e cria caos gerando sofrimento; no amor a vontade é consciente e cria ordem gerando felicidade. Somos nós que criamos nosso destino, então podemos mudar o seu curso também e só precisamos aprender como. Nós temos duas maneiras de aprender – pela dor e pelo amor. A dor gera escuridão e sofrimento; o amor desperta a inteligência criativa e traz felicidade – satisfação e plenitude.

O único determinismo inarredável é a nossa evolução. 

As Coinciências Numéricas

Alguns levantaram a hipótese de que o acidente teria acontecido por causa de coincidências numéricas relacionadas ao número 13. O acidente aconteceu num dia 13, Eduardo Campos tem 13 letras, ele tinha 49 anos (4+9=13) e, para quem não sabe, pela Numerologia Cabalística ainda existe a possibilidade de que ele já estivesse sob a influência de um Arcano 13 previsto para mais ou menos 2015, embora nós não temos como calcular com exatidão, pois o cálculo é feito sobre probabilidades, por isso ele poderia já estar acontecendo em 2014.

A questão é, de novo, que o determinismo é apenas uma ação da vontade. Vontade de quem?

Eduardo Campos vinha sendo visto como uma importante via alternativa emergente no cenário político nacional, com grande potencial para ser presidente da república. Ele, por sua natureza e personalidade absorvia e canalizava muito das emoções das multidões. Nesse dia 13 de agosto de 2014 ele pode ter se tornado vulnerável emocionalmente pela lembrança da morte de seu avô Miguel Arraes, que desencarnou em 13 de agosto de 2005, a quem era intimamente ligado, e pelo cansaço da rotina de campanha junto com outras tensões. Tudo isso associado a outros fatores pode ter criado a convergência para co-incidir no evento. Se isso estava no determinismo fatal ou não, isso nós não temos como saber. Mas vamos lembrar, o determinismo fatal é só aquele que ainda não aprendemos a assumir a responsabilidade e mudar o seu curso; ele está traçado pelos comprometimentos cármicos que vão além de nossa capacidade de atuar com amor.

A Numerologia Cabalística aponta algumas situações interessantes sobre Eduardo campos:

a) Eduardo Campos tinha uma personalidade dotada com grande magnetismo, e também elevado grau de carisma e popularidade. Mas tinha um comprometimento sério com o passado (outra vida) em razão de algo que não executara como deveria ter sido executado, e se esforçava mesmo sem ter consciência disso para ser um político honesto, exemplar, e concluir aquilo que deixou em débito.

b) Tinha um destino brilhante como político, e certamente chegaria ao cargo máximo da nação, mas não nessa eleição de 2014 ainda. A partir de 2017, a configuração do seu mapa indica que as suas possibilidades seriam muito prováveis e possíveis de acontecer, e dificilmente deixaria de ser nosso presidente em uma eleição futura a partir desse ano.

c) Vitórias sobre disputas – concursos, eleições, etc. – aparece no seu mapa.

d) Cooperação da família em seus empreendimentos também aparece.

e) Fama prejudicial/difamação, ou seja, inimigos à espreita de oportunidade para prejudicá-lo aparece também.

f) Separação ou viuvez. Aqui não é possível saber se, no caso de viuvez ela acontece ficando viúva a pessoa que traz no seu mapa essa possibilidade, ou deixando outra pessoa viúva.

g) Ele estava prestes a receber influências de um Arcano 13. Pelos cálculos aproximados seria em 2015, mas a margem de tolerância desses cálculos leva em consideração uma tolerância de até dois anos para menos ou para mais em face de serem apenas probabilísticos. Como o seu nome é relativamente longo e os períodos de duração de cada Arcano ficam com isso mais curtos, pode ser que esse Arcano 13 já estivesse em ação.

Mas vamos esclarecer. O Arcano 13 – A Morte em muitos Tarôs, ou A Transformação em outros – não tem nada de fatalidades como muitos acreditam. Existe sim muito misticismo envolvendo o Arcano 13 e o número 13, mas isso só acontece por pura ignorância. Em nosso sistema tudo é polarizado e a dualidade está presente em todas as coisas nos possibilitando escolher qual potencial ativar – o positivo ou o negativo. No seu aspecto positivo, o Arcano 13 é a transformação da consciência, o renascimento através da libertação (morte) de conceitos, crenças e um ego formado por enganos e ilusões. No seu aspecto negativo, se a pessoa estiver fragilizada emocionalmente por desvios de conduta, ou por outras convergências de fatores, ela pode desencadear para si acidentes, doenças e até a própria morte física. Mas sempre depende da conduta e das escolhas que cada um faz. O problema é que muitas vezes essas escolhas foram feitas num passado distante, ou em outras vidas, e agora vem a colheita e não lembramos de nada. Aí sim, mais uma vez podemos ser induzidos a acreditar na fatalidade do destino.

h) Ele entrou no seu Ano Pessoal 7 agora em agosto no seu aniversário (dia 10), combinando com o Ano Universal 7 (2014); isso traz à consciência muitas questões interiores e relacionadas com espiritualidade, entre outras tantas que não vem ao caso mencionar aqui. Essa configuração de Ano Pessoal 7 com Ano Universal 7 “amarra” muito as coisas, e a resistência em aceitar um certo relaxamento cria “pontos fracos” onde a corda pode arrebentar. 

Hipóteses Sobre Co-Criação

Nós somos co-criadores de todas as realidades que experimentamos. Co-criadores, por que? Pelo fato de estarmos inseridos num universo entrelaçado onde nossa atuação individual afeta o todo, e porque atuamos guiados por uma força superior que dirige todos os universos, da qual nos desconectamos e andamos pelo mundo à cata dessa reconexão. Ao nos desconectarmos da fonte de toda consciência criamos caos e entramos em processo de entropia. Nós não criamos nada sozinhos. Daí a importância de aprendermos sobre amor através das relações humanas. Quando tivermos estabelecido que nossas relações serão baseadas no amor e não no egoísmo, quando tivermos cessado todas as competições baseadas no medo das carências e nossas relações forem baseadas na confiança e no compartilhamento, então sim nossa participação na criação será bem mais positiva e experimentaremos a ordem e a felicidade em vez de caos e sofrimento.

Isso é ponto pacífico e comprovado pelas experiências feitas pela física quântica e neurociência. Isso nos foi dito por grandes sábios e mestres em todos os tempos.

Portanto, se formos analisar ainda mais a fundo mais convergências irão aparecer para criar as condições favoráveis às Co-incidências nesse evento,  e em outros. Se você pensa que não tem nada a ver com esse acidente, examine bem a fundo seus pensamentos, sentimentos e emoções relacionados com a política nacional, com as figuras da corte.

Repare que sempre que um evento – acidente grave ou crime hediondo – acontece, que cria comoção, em dias ou semanas seguintes ele tende a se repetir ou quase acontece, ou algo similar acontece. Nós somos tão criminosos quanto aquele que comete o ato criminoso sempre que nos envolvemos com emoção e revolta numa situação. A corda só vai arrebentar no ponto mais fraco, ou seja, naquele elemento humano que está propenso a cometer o crime. Ele absorve a energia do campo e materializa o crime. E todos o condenam, mas ninguém faz uma reflexão para saber quanto teve de participação, ou se já consegue manter-se na neutralidade e criar realidades mais positivas.

Tem outra previsão circulando na internet do mesmo polêmico vidente, com data e local previstos. Avisa ele que um avião da Tam vai se chocar contra um edifício em São Paulo, na Alameda Campinas próximo ao Maksoud Plaza, causando a morte de centenas de pessoas. Se uma multidão entrar na comoção e gerar um campo magnético suficiente, podem ter certeza que um avião será puxado para lá, o ponto de convergência, o ponto fraco da corda.

As previsões devem ser encaradas só como alertas e o que fazemos com elas é que vai determinar o resultado. Nós já mudamos o curso de tantos acontecimentos previstos, muitos deles sem termos consciência de nossa atuação decisiva. O que você acha que é o tal “poder da fé”?

A física quântica diz que existe um coeficiente de massa crítica que pode mudar um evento, ou criar eventos, e que ele é mais ou menos de dez por cento. Agora imagine se pelo menos dez por cento da população do Brasil entrar nessa onda da previsão! Ou se dez por cento a neutralizar! Tudo pode acontecer, só depende de nossa escolha. Você quer continuar fazendo CO-incidir eventos nefastos, ou vai mudar seu padrão mental para enviar ao campo seu magnetismo amoroso?

A escolha é sua, é minha, é de quem quiser. A aleatoriedade é apenas probabilidade, mas quem possibilita ou não somos nós. Assim, se continuarmos entrando nas ondas que as televisões, com seus programas “mundo cão” e noticiários recheados de tragédias expostas com emocionalismo continuaremos criando tragédias. Mas nós podemos mudar isso a hora que quisermos. Existem experimentos suficientes feitos por cientistas, físicos quânticos, por neurocientistas e por meditadores que comprovam nossa capacidade de criar eventos, atrair ou modificar o curso deles.

E se você não acredita em nada disso, comece a fazer pequenos experimentos no seu dia a dia. Comece observar as ligações existentes entre um evento e o comportamento dos envolvidos com ele e vai ficar abismado com a descoberta de que, muitos desses eventos trágicos tiveram a sua participação como co-autor – CO-incidente.

O único determinismo existente é a nossa evolução, fora isso tudo pode ser modificado; a questão é que nós enxergamos tudo dentro de uma dimensão muito pequena e entendemos que aquilo que não podemos evitar não poderia ter sido evitado. Ou não evitamos porque não atuamos coerentemente, ou porque atuamos fora do momento certo. Jesus disse: “Vós sois deuses; podem fazer tudo o que eu faço e muito mais...” (João 14:12); a mesma citação aparece no Salmo 82:6 – “Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo”. Quando nós vamos acreditar nisso? Será necessário criar ainda mais tragédias, mais caos para acordar?

A escolha é sua individualmente; é nossa coletivamente. Mas é a partir da sua escolha individual e da minha escolha individual que se forma o padrão coletivo da escolha. Lembre-se – o ponto crítico, a massa crítica, requer só dez por cento de um grupo para mudar uma realidade dentro dele...

 Luiz Trevizani – 20/08/2014