As nossas tradições, muitas vezes são também as bases das nossas dificuldades na vida. Nós cultivamos os costumes herdados dos nossos antepassados, da sociedade e da cultura regional, onde nascemos, sem nos darmos conta, em muitos casos, que essas tradições são radicadas em supertições e crenças, frutos da ignorância acerca de nós mesmos e da nossa existência. E nesse rol das tradições e dos costumes aculturados nas gerações que se sucedem está o modo como escolhemos os nomes para os nossos filhos.
Cada povo, aculturado pelas suas tradições e costumes perpetuados através dos tempos, passados de geração a geração, mantém hábitos que se cristalizam na memória do tempo, como paradigma inviolável e incontestável, sendo quase ofensa imperdoável ousar fazer diferente.
Como acontece o processo da escolha do nome?
Quase sempre é a mãe que recebe, por intuição ou inspiração, um nome simples, o primeiro nome, que se supõe já tenha sido escolhido pelo ser que está por nascer no mundo físico enquanto se desenvolve no seu ventre. Em muitos casos é um mentor ou um familiar desencarnado que inspira tal nome. Há ocasiões em que é uma outra pessoa que recebe essa inspiração.
No âmbito das nossas crenças, das tradições e dos costumes, nós acabamos ignorando que o nome dado ao nosso filho formará a base da sua identidade no mundo, sobre o qual sua personalidade será constituída.
Seguindo essas tradições, na maioria dos casos os nomes são compostos de um ou dois nomes primários e um, dois ou até mais sobrenomes. No afã de agradar aos mais íntimos familiares, aos avós da criança principalmente, são compostos nomes que depois, na vida adulta, trarão muitas dificuldades na identificação dos talentos a serem aplicados na vocação por uma profissão, repercutindo ainda em dificuldades nos relacionamentos, na saúde e em diversas outras áreas da vida.
O nome vibra nos trânsitos das letras que o forma criando padrões diferentes conforme se combinam as letras, com períodos de duração relacionados com a sua extensão. Um nome muito longo pode gerar ansiedade, o que parece ser comum observado os que os têm.
Nos nomes longos há maior probabilidade de se estabelecer padrões vibratórios desarmônicos, que funcionam como barreiras dificultando aquilo que poderia ser realizado com muito mais facilidade se o nome fosse bem alinhado e harmônico.
A harmonia do nome é fundamental ao fluir livre das faculdades íntimas da inteligência do espírito através da personalidade humana na aplicação dos seus talentos. Isso não significa, no entanto, que personalidades constituídas por nomes longos e complexos não possam ser bem sucedidas. Há casos em que os maiores desafios são as principais forças estimuladoras ao espírito encarnado ao seu progresso e evolução.
Pela Numerologia Cabalística é feito o estudo do nome identificando, através do triângulo formado pelos códigos numéricos que o compõe, os diversos padrões de interferência existentes nele, que podem ser positivos ou negativos, conforme são as combinações entre as letras e os nomes conjugados, e a sua extensão total.
Os números são uma síntese da inteligência infinita do cosmo, do micro ao macro, e são a base de todas as fórmulas das ciências e da criação divina. Eles são chaves para se desvendar as realidades ocultas aos nossos sentidos físicos contendo em seus arquétipos preciosas informações acerca da natureza humana e dos universos.
A personalidade humana, na descrição pela Numerologia Cabalística se estabelece em três aspectos – motivação, impressão e expressão.
Essas denominações situam, na motivação as aspirações mais íntimas da alma humana, o motor que move seus desejos, suas ambições, seus gostos e determina, em grande parte, como será o seu comportamento na intimidade dos ambientes que se estabelece, refletindo ainda outros sensos da alma; revela na impressão a imagem projetada no ego, aquela primeira impressão captada pelos outros, que em muitos casos nem se confirma quando a pessoa se revela na sua expressão autêntica da personalidade; a expressão descortina os talentos, as aptidões e as potencialidades a se desenvolver no conjunto da personalidade.
Motivação, impressão e expressão são os nomes que identificam, pela Numerologia Cabalística, as maneiras como os aspectos mais íntimos da alma, do ego e do caráter da nova personalidade serão manifestados na existência do ser humano no mundo.
A importância de um bom nome planejado para criar harmonia entre esses três aspectos da personalidade e combinando com o destino, que se estabelece pela data de nascimento, ambientando o cenário mais favorável ao progresso do espírito que vem para nova existência no mundo físico, diminuindo ainda as dificuldades e os desafios diante do que ele terá que enfrentar nos reajustamentos às transgressões perante as leis eternas cometidas no seu passado, em outra existência terrena.
A formação de um bom nome começa pela aceitação do primeiro nome intuído; a partir daí entra o livre arbítrio dos pais na sua complementação.
Numerologia é uma ciência, e a Numerologia Cabalística é um método sistematizado da ciência dos números combinados com as letras do alfabeto para o conhecimento da natureza humana, o autoconhecimento. A sua eficácia e confiabilidade são inquestionáveis, pois ela está embasada nos fundamentos da verdadeira numerologia, na Kabbalah. Outros métodos também são usados aqui no Brasil, e nos diversos países, cada um com finalidade específica e eficácia proporcional à sua sistematização.
A Numerologia Cabalística é potente clarificadora das verdades eternas do espírito, que se manifestam parcialmente em cada personalidade na experiência humana, nos variados patamares da sua evolução espiritual. Ela nos aponta para as direções mais acertadas, sem perda de tempo para a autorrealização e auto-iluminação na aplicação dos nossos melhores talentos, no desenvolvimento das novas aptidões e das novas faculdades psíquicas latentes, principalmente as do campo mental intuitivo que ainda são pouco desenvolvidas na maioria.
Pela Numerologia Cabalística são cruzadas as informações registradas na alma humana desenhando o mapa da existência atual, que orienta de modo prático e eficaz na jornada terrena.
Há sempre nova oportunidade de se refazer aquilo que mal fizemos no passado, assim como há novas oportunidades de engendrarmos novos empreendimentos futuros fazendo uso das nossas faculdades criativas da inteligência espiritual, que portamos em grande parte ainda latentes. O autoconhecimento é a chave para a nossa libertação do sofrimento, filho da ignorância, e ao nosso progresso espiritual e material na condição humana.