Luìz Trevizani

Psicoterapeuta Holístico e Metafísico (CRT 36768) Consultor em Numerologia Cabalística | Palestrante e Pesquisador da Consciência Humana | Diretor do Instituto Luz da Consciência

“Vox Populi, Vox Dei”

Sempre fui um questionador do senso comum e do consenso emotivo. As multidões são formadas pela soma das neuroses e loucuras humanas, sendo o recurso mais perigoso quando acionado para fins de lutas e revoluções, ou para o adormecimento da consciência. Tanto de um lado quanto de outro, a primeira vítima é a individualidade, que é posta em cheque com chavões como “quem não está com o povo é contra o povo”, ou então com a famosa, mas mal interpretada frase: “a voz do povo é a voz de Deus”. E eu pergunto: de qual Deus? Que deus doido, neurótico e maluco seria este? O mais irônico é que essa frase, hoje usada para validar o consenso, tinha originalmente um propósito completamente oposto.

O Autoconhecimento e seu Sentido Sagrado

Mulher observando seu rosto refletido no espelho sobre a mesa

Se levarmos em consideração o verdadeiro significado da frase que ornava o pórtico do Templo de Delfos, na Grécia – “Conhece-te a ti mesmo” –, talvez voltemos nossos olhos para a verdade sagrada e a busquemos no mais profundo de nós mesmos. A frase, frequentemente atribuída a Sócrates, repercute até nossos dias, especialmente em sua versão estendida: “… e conhecerás o universo e os deuses”.

Liderança Consciente para Decisões Brilhantes

Outro dia, vi uma postagem com o título “Conversando a gente se entende”. Este ditado popular carrega um significado interessante que não vem necessariamente dos dicionários – o de convergir diferentes versões para um ponto em comum. No entanto, nem sempre as conversas levam ao entendimento; muitas vezes, caminham para a divergência. Para que o verdadeiro entendimento floresça, é necessário que o resultado do diálogo produza a razão, a conclusão mais coerente com a verdade – não a verdade relativa à percepção de cada um, mas aquela que está acima das opiniões individuais.

O Tarô – Um Livro Não Escrito para a Evolução Humana

O Tarô, com suas múltiplas aplicações, nos oferece inúmeras possibilidades para atender às finalidades que despertam nosso interesse. De modo geral, ele ainda é mais conhecido pelo jogo e pela leitura das cartas, que, a bem da verdade, trata-se de apenas uma dessas possibilidades. Não descarto nem desprezo tais práticas adivinhatórias; elas têm sido exploradas de muitas maneiras para os fins mais diversos, como futurologia, revisão do passado, previsões e, evidentemente, para o autoconhecimento – o Tarô como um oráculo.

Uma Reflexão Sobre a Autoconsciência

Muitas vezes, nos prendemos aos conceitos criados por outros e, com isso, deixamos de explorar nossa própria capacidade de interpretar o mundo, especialmente no que tange ao ser humano e sua consciência. Em termos gerais, especialistas apresentam “ser consciente de si” e “ser autoconsciente” como sinônimos. Contudo, existe uma diferença fundamental, que se torna clara quando nos afastamos do senso comum e focamos nossa visão na experiência real.

A Jornada de Autoconhecimento Através das Três Naturezas

Homem tomando café com a namorada

O autoconhecimento é o caminho para alcançarmos níveis mais elevados de inteligência e consciência, permitindo uma compreensão mais profunda de nossos potenciais e da maneira como vivemos e nos relacionamos com nós mesmos, com os outros e com o mundo, além de nossa natureza espiritual primordial. Nessa jornada, que não tem fim previsível, a auto-observação é a porta de entrada. É um mergulho no próprio universo interior que, paradoxalmente, começa “de fora para dentro” – observando os movimentos das sensações no corpo, o fluxo das emoções e a corrente dos pensamentos em cada situação.

Cinco Regras para o Bem Viver

Na vida, tudo vem por merecimento. Nada é por acaso. Sua situação atual – seu trabalho, sua empresa, seu chefe, seus colegas e todos os seus relacionamentos – é fruto de suas próprias escolhas, sejam elas conscientes ou inconscientes. O merecimento pode ser entendido como o resultado das oportunidades que conquistamos, impulsionando nosso progresso material, intelectual e espiritual.

Somos “Coisas” Pensadas Para não Pensar

Somos “coisas” que não param de processar informações, mas que, paradoxalmente, não geram pensamentos próprios. Por definição, “coisas” são objetos não identificados ou não especificados. No entanto, somos “coisas” com identidade e personalidade, indivíduos que são “pensados”, com uma individuação frágil, agindo e se comportando por meio de estímulos condicionados.

Nosso Mundo da Vida Interior – Um Manancial de Potencialidades Criativas

O conceito de “mundo” é plural. Ele pode designar a totalidade física do planeta e do universo, o horizonte de nossa experiência, uma construção social e cultural, uma criação divina dotada de propósito ou simplesmente o produto de nossa própria mente. Existe um mundo subjetivo e abstrato do qual pouco conhecemos, mas que é o cenário de todas as nossas criações e de nossa experiência interior. É o mundo de nossa imaginação, de nossas atitudes, emoções, pensamentos, sentimentos, sensações e percepções – o nosso mundo da vida interior.