Luìz Trevizani

Psicoterapeuta Holístico e Metafísico (CRT 36768) Consultor em Numerologia Cabalística | Palestrante e Pesquisador da Consciência Humana | Diretor do Instituto Luz da Consciência

A Pacificação da Consciência na Dualidade Bem e Mal

No íntimo de cada um de nós, existe um tribunal em constante sessão. É a nossa consciência, que julga nossas escolhas e ações, definindo o que é certo e errado. Frequentemente, seu veredito chega como uma consequência dolorosa – o peso da culpa e do remorso quando sentimos que agimos mal. Este julgamento interno nos perturba e questiona. Seriam o bem e o mal valores absolutos e imutáveis? E, mais importante, como podemos pacificar esse tribunal da consciência e transformar seu julgamento em uma ferramenta para a paz, em vez de uma fonte de angústia?

A Inocência na Plenitude do Despertar de uma Nova Consciência

Ao nascermos, possuímos uma inocência pura, uma fragilidade infantil que se reflete como beleza. Com o tempo, porém, crescemos e aprendemos sobre as dissimulações e as asperezas do mundo, o que nos faz perder essa pureza original. No entanto, para alcançar a plenitude da vida interior e despertar uma nova consciência, é preciso resgatar essa inocência primordial. Não se trata de um retorno à infantilidade, mas de uma pureza que emerge da profunda experiência de vida, semelhante à da criança, mas com a maturidade de quem já viveu com sabedoria.

A Obscuridade no Caminho do Autoconhecimento

A jornada psicológica e espiritual do ser humano é frequentemente marcada por períodos de obscuridade e profunda introspecção, momentos nos quais o sentido e a orientação parecem se esvair. Nessas ocasiões, pode emergir um sentimento de desespero, a impressão de que uma noite escura se abateu sobre a mente e não terá fim. Contudo, apesar da angústia e do medo, tais momentos revelam-se um convite para um mergulho nas profundezas da alma, uma oportunidade para o reconhecimento de nossos aspectos inconscientes.

A Esperança é uma Estrela no Caminho do Autoconhecimento

Após a turbulência e a destruição de uma tragédia, catástrofe ou fracasso, emerge a esperança da renovação. A reconstrução quase sempre eleva não apenas o padrão material, mas também o nível de consciência do ser humano. Essa esperança, quando alicerçada na fé, no trabalho, no amor e no perdão, torna-se uma poderosa força de ânimo e vontade. Contudo, se for uma esperança passiva, sobrepujada pela mera expectativa, fatalmente levará à desilusão. Viver sem esperança é como caminhar sem rumo, destino ou guia. A esperança é a nossa estrela-guia.

A Desilusão no Caminho da Transformação

A ilusão é uma visão distorcida da realidade – uma percepção enganosa, frequentemente motivada pelo desejo. O ser humano se envolve em muitas delas, a começar pela mais fundamental – a de se perceber como um ser separado do todo, egocentrado em seus próprios interesses. Essa percepção equivocada se manifesta em expectativas que criamos sobre relacionamentos, pessoas e eventos, nos levando a insistir em uma visão que não corresponde à realidade nem ao curso natural da vida.

Do Instinto à Inteligência | A Jornada da Evolução Humana

A jornada da consciência humana, do instinto reativo à inteligência serena, é, em essência, uma longa e sublime pacificação. Nela, a força bruta da paixão não é aniquilada, mas refinada nas chamas do amor. O apego, raiz do sofrimento, cede lugar ao desapego grato, que nos permite usufruir da vida sem nos tornarmos seus prisioneiros. Não se trata de negar a matéria, mas de governá-la com sabedoria; não se trata de extinguir o desejo, mas de alinhá-lo ao propósito da alma. Assim, o ser humano encontra o seu lugar, não como um escravo de suas circunstâncias, mas como o maestro consciente de sua própria evolução, cuja sinfonia mais bela é a paz que brota da gratidão. Este é o caminho e o destino do ser que se descobre, finalmente, integral.

Temperança | A Razão Para Além da Lógica no Autoconhecimento

A razão é a fita métrica com que se mede a extensão da lógica. Isso se torna evidente quando questionamos seus limites – até onde a lógica alcança quando buscamos entender algo que a transcende, como o sentido da vida? A razão, portanto, não se relaciona com a lógica apenas como um critério de avaliação, mas como a própria inteligência que a gera. Por ser sua fonte, a razão naturalmente ultrapassa a lógica em abrangência, pois integra tanto o campo do pensamento concreto quanto o da intuição.

As “Mortes da Vida” na Imortalidade da Existência

A morte, para alguns, é uma experiência dolorosa; para outros, apenas uma passagem, uma transição de estado de consciência, de dimensão da existência. Ao longo da existência, vivenciamos muitas “mortes”. Cada uma delas representa um renascimento, um avanço para um estágio superior de compreensão, por menor que seja essa evolução. Nascer, morrer e renascer – este é o ciclo que se perpetua enquanto for necessário para nos libertarmos da ignorância. Através dele, elevamos nosso nível de consciência e nos preparamos para jornadas em mundos espiritualmente mais avançados.

O Autoconhecimento na Perspectiva da Resignação

Mulher observando seu rosto refletido no espelho sobre a mesa

Diante do imponderável, nada pode ser feito a não ser a resignação e a aceitação de seus desígnios. Tal aceitação, contudo, não representa passividade. Ela é, em primeiro lugar, o reconhecimento de nossa pequenez perante o Absoluto; em segundo, um ato de profundo respeito e reverência pela vida, amor e luz que recebemos, embora ainda não o compreendamos; e, por fim, a libertação de tudo o que nos escraviza.